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Não corrija seus Alunos!


Essa expressão "não corrija os seus alunos" direcionada aos professores quer dizer que você, professor, precisa de muita cautela no momento de corrigir os seus alunos. São necessários alguns cuidados e um dos primeiros é não entupir o bailarino de correções, principalmente se for da turma do Ballet Adulto Iniciante.

O aluno já chega em um mundo novo quanto à postura, pois precisa crescer, coisa que geralmente não é praticada no dia a dia, precisa encaixar o quadril, virar as pernas en dehors, subir os cotovelos, abaixar os ombros, etc, só na postura são várias correções, e aí quando ele vai fazer o primeiro tendu já vêm mais um monte "vira em dehors, estica a pontinha do pé, cuidado com o quadril", isso quando o professor ainda entope o aluno com vários nomes difíceis, de músculos, enfim. Isso só vai fazer com que o bailarino queira parar de fazer a aula, e não é isso que queremos, pois professores querem, além de ensinar, propagar a arte do Ballet Clássico para milhares de pessoas, fazer com elas se apaixonem para que essa arte nunca morra, essa é a nossa função como professor.

Então, a partir do momento que começamos a encher a bailarina de correções, só estamos dando estímulo para ela acreditar que Ballet é difícil, impossível de aprender depois de adulto, etc, e todos aqueles mitos se tornam verdades para ela, só porque você lotamos ela de correções.

A segunda dica sobre esse assunto é sobre o cuidado que devemos ter para não repetir a explicação. Cada pessoa tem uma maneira de aprender, algumas são pelo estímulo visual, ou seja, ela olha alguém fazendo, assimila, associa com a explicação que lhe foi dada, produz e aprende, porém o que ela viu tem mais peso no processo de aprendizagem, outras aprendem mais ao ouvir, isto é, o peso no que ela ouve, é maior e outras pessoas aprendem mais praticando. Sendo assim, sabendo que cada um aprende de uma forma diferente e você ainda não sabe como aquele aluno funciona, você precisará encontrar maneiras diferentes de explicar o passo para ele até encontrar a melhor maneira que fará com que ele aprenda. Ficar repetindo a mesma explicação não vai adiantar nada, crie maneiras diferentes de explicar o mesmo passo.

A terceira dica sobre correções é: não finja que não viu. A questão é que muitas vezes os alunos querem ser corrigidos, porém ele só pode receber no máximo três correções para que o cérebro consiga absorver em um espaço curto de tempo. Por isso, não adianta enchê-lo, passe poucas correções, explique de várias maneiras para entender qual é o estilo de aprendizagem daquele aluno, porém não finja que não viu que ele fez algo de errado. Por exemplo, se ele fez uma perna en dedan e você já tinha corrigido isso, simplesmente diga "cuidado com a perna en dedan", simples assim, não precisa corrigir tudo de novo.

Portanto, o processo de correção é assim: primeiramente, não fique entupindo o aluno de correções, faça no máximo três durante aquele exercício, dessas três, explique de várias formas até que ele entenda, para que ele tenha ferramentas e ver qual é a melhor para ele aprender, mostre, fale, peça para ele fazer e após isso, caso você veja algum erro que já foi corrigido, apenas alerte sobre ele. Se isso não for feito e o aluno perceber, ou o aluno de trás perceber que você viu e não corrigiu, pode soar duas coisas: que você não sabe o que está fazendo e a segunda é que o aluno pode acabar achando que é algo pessoal, que você viu e não deu a mínima.

A vida de professor de Ballet Adulto realmente não é fácil, é necessário "rebolar", principalmente quando o assunto é correção. Com o adulto acabamos lidando com a mente, coisa que não precisamos lidar em turmas infantis, pois os bailarinos e bailarinas adultas são criativos. Porém, seguindo essas três dicas, com certeza você, professor, tirará de letra o processo de correção.

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