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Ballet Clássico - Verdades e Mentiras

Atualizado: 11 de mar. de 2020


Neste artigo falaremos sobre verdades e mentiras sobre o Ballet Clássico, pois sempre recebemos dúvidas envolvendo alguns mitos. Portanto, leia este artigo para ficar por dentro do assunto.


A primeira afirmação recebida é “o Ballet foi inventado na França” e por incrível que pareça é mentira. Por mais que toda a nomenclatura do Ballet Clássico seja na língua francesa (tendu, plié, arabesque, etc), o Ballet não foi criado na França e sim na Itália. Ou seja, na França ele chegou depois e foi lá que os passos começaram a ser nomeados e essa é a explicação para todas as nomenclaturas que persistem até hoje. Algumas escolas modificam um pouco os nomes, mas de modo geral toda a linguagem do Ballet Clássico é baseada no francês.


“Ballet sempre foi difícil e vai continuar sendo”... Mentira! Pode parecer loucura, Ballet realmente não é fácil, porém antigamente a altura das pernas das bailarinas era menor, a quantidade de giros que faziam também, no entanto que quando conseguiram fazer 32 fouettés, foi o auge da técnica da dança e já hoje em dia é muito comum encontrarmos bailarinas que fazem essa quantidade, ou até mais, trocando braço, trocando os lugares onde bate cabeça, fazendo dupla no meio, enfim. Então, o Ballet não é fácil, mas vai ficando cada vez mais difícil com o tempo. Pense que o que algumas bailarinas conseguem fazer hoje que é considerado difícil, daqui a alguns anos, será algo comum, ou seja, a técnica da dança clássica não é algo fixo, vai ficando mais difícil com o passar do tempo, pois existem outras coisas acontecendo, isto é, hoje em dia uma bailarina pode fazer pilates, ballet online, treino personalizado para Ballet, aulas particulares, enfim, coisas que a deixam com um físico muito mais preparado para dificultar mais os passos.


Portanto, o Ballet que temos hoje provavelmente não será o Ballet que teremos daqui a 20 anos, assim como não é o Ballet que tínhamos há 10 anos atrás, ou seja, ele é mutável. Não coloque na sua cabeça que o Ballet é difícil e sempre vai ser, pois fácil ele não é, mas também não é impossível. Todo mundo tem condições de fazer, o que depende de cada um é sobre o quanto vai se sobressair, depende do empenho e falar que o que uma bailarina faz hoje vai continuar sendo o auge do Ballet daqui a anos, é sinônimo de se iludir, porque as coisas vão dificultando cada vez mais, então, se hoje já não é tão simples, lá na frente será pior.


Sendo assim, temos que buscar preparar o nosso corpo cada vez mais, deixando-o pronto para se superar a todo momento, mas não entre nessa de que o Ballet é super difícil, impossível, pois não funciona assim. Na verdade, é tudo um degrauzinho, devemos ir de um em um, aos poucos chegamos lá.


A terceira dúvida é “Ballet é uma modalidade de dança?” e a resposta é sim! Ballet é uma atividade física, artística e é uma modalidade de dança, assim como toda modalidade de dança também é uma atividade física e artística. Quando começamos a ver o Ballet com essa simplicidade, fica muito mais fácil para procurarmos uma escola para se matricular. Por isso, olhe para ele realmente dessa maneira, como uma modalidade de dança assim como zumba, dança do ventre, dança do salão, enfim, não veja como um sonho impossível de se realizar. Sendo assim, tudo fica mais simples, os nossos sonhos muito mais palpáveis e acabamos por ter coragem para fazer aquilo que no fundo morremos de vontade.



“Precisa se dedicar oito horas por dia para dançar bem, verdade ou mentira?”, mentira! A verdade é que, primeiramente, dançar bem não é girar muitas piruetas e ter a perna na orelha e sim conseguir coordenar os movimentos dos braços e das pernas, tocar a plateia com a sua dança, fazê-la se envolver com você. Dessa forma, tudo depende de como a gente categoriza o “dançar bem”, que nesse caso, é aquela bailarina que dança com a alma e não importa se ela gira 5 piruetas ou só faz o releve passé, o que realmente importa é que se ela está fazendo tudo o que se propôs a fazer com intenção e amor a ponto de fazer a pessoa que está assistindo ficar vidrada e não conseguir parar de assistir.


Então, precisamos parar para pensar sobre o que realmente é dançar bem para nós, o que é que nos faz parar e dizer que valeu a pena se dedicar, deixar de ir em churrasco com amigos, estar com a família para estar dentro de uma sala de aula de Ballet para no final do ano, assistir ao DVD e se sentir satisfeita a ponto de dizer que dançou bem? O que é que você quer ver nesse DVD? As 5 piruetas ou você quer realmente uma bailarina leve que se movimenta, que não necessariamente gire as 5 piruetas, mas que preencha o espaço que lhe foi ofertado? Enfim, quando definimos isso, entramos na questão de quanto tempo de dedicação preciso ter por dia para chegar nesse meu “dançar bem”, levando em consideração que cada bailarina tem suas facilidades e dificuldades e baseando-se nisso, cada pessoa vai ter o seu tempo de dedicação em cada quesito, sendo que quanto mais eu treinar o que eu tenho dificuldade, melhor vou ficando.


Portanto, pense que o tempo de dedicação que cada bailarina precisa será diferente, de acordo com as dificuldades de cada uma, não podemos achar que para dançar bem é necessário se dedicar oito horas por dia, porque na verdade isso varia, vai de acordo com a sua percepção. Tome cuidado com isso, pois às vezes bailarinas adultas dizem que pela quantidade de aulas que fazem não é possível dançar bem, o que é um crime contra si mesma, porque no momento em que falam isso já estão sentenciando que não irá chegar onde espera, dançar da maneira que almeja, colocando a culpa no tempo. Ainda precisamos levar em conta que não adianta nada fazer oito horas de aula, se essa aula não for feita com qualidade, ou seja, se você não estiver inteira nela. Às vezes vale mais a pena fazemos uma hora de aula na semana, prestando atenção em todos os detalhes, dando o máximo de si do que fazer aulas três a quatro vezes, oito horas por dia, cansada, com o corpo sem responder aos comandos, enfim.


Dessa forma, não compare a quantidade de horas que você se dedica com o resultado, com a qualidade da sua dança, pois isso não tem relação necessariamente. O que realmente tem relação é a qualidade com a qual você dedica o seu tempo na sala de aula e a qualidade da sua dança, pois isso sim faz diferença, quanto mais inteira você foi para a sua aula, melhor! Não fique com essa paranoia de que você precisa fazer aula oito horas por dia, basta você sempre dar o seu melhor para dançar cada vez melhor. Cuidado com esses rótulos que costumam nos afastar cada vez mais daquilo que almejamos. Pense nisso: qualidade é diferente de quantidade e qualidade importa muito mais!


Este foi o artigo sobre verdades e mentiras sobre o Ballet Clássico para você poder tirar algumas dúvidas, desmistificar algumas coisas para que você possa ver o Ballet com mais clareza.


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