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Quem são seus bailarinos ocultos?


Neste artigo falaremos um pouco sobre bailarinos ocultos. Mas, o que é isso, ou melhor, quem são esses?

Existem livros, como por exemplo um do Tony Robbins, que possui muitas páginas de agradecimentos no início, no qual o autor agradece desde o papa até o papagaio dele, e isso chama a atenção. Neste livro do Tony Robbins, nos agradecimentos mesmo, ele fala sobre achar importante agradecer, porque normalmente quando vamos assistir um jogo de futebol, por exemplo, não vemos os jogadores ocultos, só vemos a pessoa que fez o gol, não vemos que existem outros dez atletas, os quais cada um teve a sua responsabilidade e ajudaram a levar a bola, não vemos que tem um técnico, um médico, massagista, uma pessoa que lava, outra que passa as camisas que esses jogadores estão vestindo, não vemos que quem tem a faxineira que limpa o chão do vestiário, a pessoa que corta a grama do estádio, enfim, uma multidão envolvida para que um jogo de futebol aconteça. Bom, no Ballet funciona do mesmo modo.

Em um espetáculo a primeira bailarina vai lá, faz 32 fouettés e todo mundo bate palma, fica em pé, mas ninguém nem imagina o trabalho de quem fez a roupa, de quem limpou o palco para ela subir lá, etc. Esses são os bailarinos ocultos que, se fazemos sucesso no palco, é porque tem alguém por trás. Acho interessante, principalmente se você for professor(a), ensinar seus alunos e alunas a agradecerem toda a equipe, porque não tem como aprenderem sozinhos, e caso não seja ensinado, sempre teremos bailarinos egoístas, e isso não é legal. Há um artigo já postado sobre bailarinas egoístas no blog.

A verdade é que precisamos ser mais gratos, e caso você, leitor(a) não seja professor(a), mas seja bailarino(a), entenda que precisamos cumprimentar as pessoas do teatro como se fossem nossa amiga que irá dançar conosco. É claro que não precisa abraçar, beijar, ter intimidade, mas é importante ter respeito e transmitir a mesma energia que você transmite para sua colega que dança contigo.

Nenhum espetáculo acontece com uma pessoa só, assim como o BalletOnline não é só a Mari, pois existe uma pessoa atrás da câmera, pessoas da equipe que ajudam a tirar dúvidas e responder, quem edita os vídeos, quem posta, enfim, é um grupo de pessoas. Em um espetáculo também não é diferente. Como espectador, é natural que olhemos para quem chama mais a atenção, os personagens principais, mas se desafie a olhar quem está atrás, quem está fazendo as cenas para os papéis principais, quem montou a iluminação. Se você dança, se desafie a agradecer de verdade quem contribuiu para que o palco estivesse impecável para que você pudesse fazer o que vem treinando, a agradecer seus professores, agradecer quem ensaiou, agradecer aquela amiga que te ajudou, corrigiu um erro seu na coreografia. Quando praticamos essa questão da gratidão, recebemos em dobro, recebemos muito mais.

Então, toda vez que você sair de uma apresentação e for fazer uma postagem de agradecimento, lembre-se de que não é uma pessoa só que faz o espetáculo, quando você recebe flores, não são só pra você, essas flores são de todo mundo que participou, de todo mundo que está ali dando possibilidades para que você representasse cada um deles, sendo assim, olha a importância que você bailarino(a) tem. São cinquenta pessoas só para fazer o espetáculo se manter de pé, depois mais um bom número de bailarinos. Quando paramos para pensar em quantas pessoas contribuíram para que pudéssemos estar no palco naquele exato momento, é de arrepiar, e o ato de agradecer essas pessoas, o ato de olhar para a faxineira que limpou seu camarim e dizer "obrigada", não irá cair um pedaço do corpo, e infelizmente, é uma cultura que a maioria dos bailarinos não têm, e podemos reparar isso em competições, onde tem muitos deles de nariz empinado, etc.

Sendo assim, cabe aos professores ensinar que as coisas não funcionam dessa maneira desde a turma do Baby, ensinar que não importa se você fez 32 fouettés duplos, você fez o que tinha que fazer, assim como a pessoa responsável pela iluminação fez o que tinha que fazer. Então, se ela fez o trabalho dela e você fez o seu, está tudo igual, agora se você considera que o que você fez é nobre, o dela também é! Precisamos pensar um pouco mais no todo, lembrar que um espetáculo não se faz sozinho e que na verdade existem vários bailarinos ocultos entre as coxias do teatro, atrás das cenas, atrás das câmeras, atrás de tudo, desde pai e mãe, até o professor.

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