A dica de hoje é sobre como trabalhar o Ballet com idosos, já que é uma dúvida recorrente e um assunto muito interessante a ser tratado, pois temos muitas coisas a se pensar quanto a isso.
Bom, uma das coisas que não podemos ignorar é que existem idosos que querem fazer Ballet, que é um público muito fofo que topa qualquer parada, mas também existem idosos que não. Sendo assim, é preciso pensar na abordagem e primeiramente, nessa abordagem, tabus devem ser quebrados. Por isso, pesquise por artigos que falam sobre atividade física com idosos, os benefícios, correlacione isso com o Ballet, enfatizando que este é uma modalidade de dança como qualquer outra, correlacione também com o sonho que a pessoa provavelmente tinha na infância e não teve a possibilidade de realizar, enfim, monte todas essas informações na sua mente para que você consiga passar para o idoso qual é a sua proposta, porque provavelmente o objetivo desta não é torná-lo um bailarino(a) profissional, e sim que o Ballet seja uma atividade física e artística para melhorar a qualidade de vida. Ainda assim, a pessoa pode dizer que encontra outras tantas opções com a mesma finalidade em diversos lugares, como a hidroginástica, a pintura, etc., e desse modo, ela pode que o Ballet não seja a melhor opção, por ser doloroso. Por esse motivo que vale a pena pensar em tudo isso para o momento da abordagem.
Por outro lado, também temos a questão física, sobre como ensinar Ballet para um idoso, e a resposta é simples: da mesma maneira que ensina qualquer outra pessoa. Vai ensinar o que é esticar o pé, o joelho, o que é fazer um plié, um braço, etc., mas é necessário prestar atenção em você mesma como professora, se está respeitando o limite desse idoso assim como respeita o limite de qualquer pessoa, e ao mesmo tempo não subestimando a capacidade dele, ou seja, é preciso se monitorar para perceber se o que está ensinando é algo que ele consegue fazer ou está acima da capacidade e caso esteja acima, precisa pensar se é realmente isso ou se está subestimando. Isso só conseguimos fazer se testarmos de uma forma consciente. Por exemplo, não dará um développé a 90 graus, e sim a 45, e caso queira 90, peça para ele fazer a 45 e só depois subir a perna o máximo que der. Com esse movimento você já consegue testar o limite e perceber se é possível pedir um développé a 90 graus ou não, e é importante levar em consideração que cada idoso vai responder de uma maneira.
Outro ponto a ser colocado, é que é necessário ter alguns cuidados quanto a saltos, pois sabemos que com a idade avançada a tendência a desenvolver osteoporose, condromalácia, desgastes de cartilagem, é maior, então é preciso tomar cuidado com pequenos saltos, que dão impacto no joelho e na coluna, com movimentos arriscados, como por exemplo grande salto, que o idoso pode ter uma queda, então é preciso montar uma aula acessível para um idoso, mas que não seja muito básica e chata porque precisamos provocar nele um desafio, pois o Ballet é isso e o idoso merece senti-lo, mas também não podemos achar que ele tem 20 anos de idade e precisamos entender que se ele cair, com certeza irá se machucar, por isso, precisamos ponderar muito bem o que estamos propondo.
Em uma aula de Ballet para idosos, trabalhar muito a flexibilidade é importante, porque é uma coisa que eles normalmente gostam e trabalhar em cima de coreografias também é muito legal. Então, monte exercícios na barra para que ele desenvolva consciência corporal, já que é possível desenvolvê-la em qualquer idade, mas na hora que for para o centro, não trabalhe apenas com exercícios isolados, passe sequências, consideradas mini coreografias.
Pense também se o local é adequado, se o chão não é escorregadio, não deixe ele fazer Ballet com meia, enfim, questões de acessibilidade. Enfim, assim é possível imaginar o Ballet com idosos, que com certeza pode dar muito certo se for trabalhado da maneira correta e é um trabalho super interessante a ser pensado!
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