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Evolução no Ballet - Verdades e Mentiras


É muito comum, principalmente depois de avaliação técnica, bailarinas falarem que não evoluíram nada, porque não mudaram de nível, e isso é mentira.

Acontece que desde o nível iniciante até o avançado existe um cronograma, no qual está dividido em partes o que ela deve aprender desde o tendu até o fouetté. No primeiro ano ela aprende tal coisa, no segundo ela aprende outra e assim por diante, e assim, quando chega na avaliação técnica e ela não muda de nível, acaba acreditando que não evoluiu naquele ano, mas na verdade ela só não mudou, porque ainda ficou faltando coisas para ela aprender no nível em que estava, e assim é impossível ela ir para o próximo. Isso não significa que a bailarina não evoluiu, pois quando ela entrou não sabia fazer absolutamente nada do Ballet e ao longo do tempo aprendeu várias coisas.

Então, a mudança de nível, independente do método, acontece quando o aluno aprendeu tudo o que aquele nível propunha, o que não tem nenhuma relação com evolução. A evolução não está acontecendo quando uma pessoa que faz Ballet há 10 anos, por exemplo, tem o mesmo tendu desde quando começou, a mesma pirouette, exatamente igual. Além disso, vale lembrar que alunos podem não evoluir estando no avançado a partir do momento em que não há esforço e tentativa de superar os limites. Portanto, qualquer passo que você consiga perceber mudança, é uma evolução, mesmo que não tenha mudado de nível.

Outra questão que é considerada mentira é a de que apenas o professor pode avaliar a evolução. Só o professor e a banca podem dizer para onde você deve ir, mas quanto à evolução, você mesma tem que ser capaz de fazer, você pode pedir autorização para o professor e filmar uma aula, um exercício seu, dali seis meses filme o mesmo exercício novamente e dali um ano, de novo. Dessa maneira você consegue perceber os detalhes e avaliar se evoluiu ou não.

Outro ponto a ser analisado quanto a evolução é que para evoluir, não necessariamente você precise de mais aulas. A verdade é que os resultados que temos hoje são frutos do que a gente vem fazendo e se queremos mudança nesses resultados, precisamos mudar o que está sendo feito. Sendo assim, se nas aulas você dá o máximo de si, faz o seu melhor e ainda assim não vê evolução, algo precisa ser mudado, então se faz necessário aumentar a quantidade de aulas, por exemplo. Porém, se durante a aula você faz "corpo mole", não irá adiantar aumentar a quantidade de aulas. Neste assunto, antes de pensar na quantidade, devemos pensar na qualidade da aula que está sendo feita e isso não tem nada a ver com o professor e sim com a sua entrega, se você está dando o seu melhor. Se sim, aumente a quantidade de aulas, se não, melhore.

Agora, outra questão é sobre não e evoluir no Ballet por causa do físico, o que também é mentira. Devemos pensar em evolução como sair do ponto 0 e chegar no ponto 1 e não como sair do 0 e chegar em 10, esquecendo que existem partes por esse caminho que fazem com que a evolução precise ser medida por pedaços e nesse processo, olhar para o próprio corpo e dizer que é dura, que não tem flexibilidade, que está acima do peso e por isso não evolui, não faz sentido, você estará mentindo para si mesma. Caso você não esteja evoluindo, com certeza tem relação com a resposta dada anteriormente, ou seja, ou você não está fazendo a aula com a qualidade que deve ser feita ou não está fazendo a quantidade de aulas necessárias. Mas se você se queixa porque acha que o seu corpo não é ideal, provavelmente não está sabendo medir sua evolução por pedacinhos, não está vendo se o seu tendu de hoje é melhor que o de ontem, porque é ele que fará você chegar no fouetté. Então, aprenda a medir sua evolução.

Portanto, pare para pensar nessas verdades que precisamos ouvir de vez em quando. Entenda que a nossa evolução é nossa responsabilidade e não de nenhum professor, pois se tem alguém evoluindo na sala, é porque ele está fazendo o trabalho dele da melhor maneira possível. Então, pense no que você pode melhorar e aprenda a medir a sua evolução.

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