Neste artigo discutiremos sobre como que nós, professores, devemos fazer para que o aluno se apaixone por Ballet. É muito simples fazer um aluno experimental se apaixonar pela aula e ficar, mas a dificuldade está quando paramos para pensar nesse aluno que já está matriculado, ou seja, em manter ele apaixonado pelo que está fazendo a ponto de não desistir, pois conforme as aulas vão passando é natural as frustrações virem, pois a pessoa percebe que Ballet não é algo fácil, então tem que lidar com o seu corpo e as dificuldades. Sendo assim, precisamos pensar em como motivar esse aluno para que ele não cancele a matrícula, não desista da dança e não crie uma grande frustração a ponto de dizer que Ballet não é para ele.
Quanto ao aluno experimental é bem mais simples, porque quando ele agenda a aula, já tem uma pré decisão na cabeça, se não ele nem passaria pela aula experimental, quando ouvisse a secretária ou recepcionista explicando para ele como funciona a aula de Ballet Adulto, já desistiria. Então, essa pessoa já vem com um trabalho interno, a mente mais corajosa. Essa questão de poucos realmente agendarem a aula experimental, é algo que devemos parar para pensar no porquê disso que é principalmente o estereótipo, em que a bailarina tem que ser magra, nova e que não dá para começar o Ballet depois dos 20 anos. Dessa forma, é importante quebrarmos esses tabus, pois assim as escolas abrem um leque de oportunidades para essas pessoas e consequentemente mais gente irá agendar aula experimental.
Também devemos levar em conta a maneira como a pessoa é recebida, não só pela secretária, mas também pelas alunas. Quanto mais disseminarmos uma cultura de boa recepção das pessoas para os alunos que já estão dentro da escola, dentro da sala de aula, mais quem chega terá a oportunidade de se sentir bem recebido e se sentirá mais encorajado a ficar.
Apesar desse processo de trazer alunos experimentais, o trabalho mais difícil é fazer ele se apaixonar pelo Ballet no dia a dia, porque na verdade a maioria das pessoas já chegam com uma paixãozinha que provavelmente vem desde a infância quando viu alguém dançando, mas o que influencia e faz essa paixão aumentar a partir do momento em que se pisa em uma sala de aula é primeiramente não ser uma atividade difícil demais, porque se for impossível, nós, como seres humanos, temos um sistema de defesa que faz com que nos desinteressemos por coisas que nos causem frustração.
Sendo assim, a partir do momento em que o professor propõe algo na aula que deixa o aluno frustrado e essa frustração não é trabalhada, ele está condenando o bailarino a desistir do Ballet. Além disso, ele vai virar uma pessoa que diz "já fiz Ballet, mas eu não gosto", "já fiz Ballet, mas não é pra mim" e assim acabamos criando pessoas frustradas com o Ballet que acabam por colocar a culpa de tudo o que aconteceu na atividade, que na verdade não tem nada a ver com isso. É necessário tomar cuidado com essa dosagem, não dar uma aula difícil demais que vai fazer o aluno se frustrar e acionar o seu sistema de defesa, mas também não pode ser fácil demais, se não perde a graça. Esse é ponto auge para as pessoas se apaixonarem por Ballet! Quando todas as escolas de Ballet tiverem essa mentalidade de saber que deve exigir do aluno sim, mas que também deve abraçá-lo quando ele se sentir frustrado para que assim ele não tenha traumas, o mundo da dança só irá crescer!
Este foi o artigo sobre como fazer um aluno experimental se apaixonar para que você, professor, consiga alcançar seus objetivos!
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